A palavra ostomia/estoma refere-se a uma abertura feita cirurgicamente no abdômen, onde se exterioriza parte dos intestinos, através de um orifício. A proposta desta cirurgia é o desvio do conteúdo do intestino (gases e fezes) para uma bolsa externa. Podendo ser temporário ou definitivo.

A colostomia obriga o paciente a realizar grandes transformações pessoais. Apesar de manter sua condição encoberta sob as roupas, rompe com os seus esquemas anteriores e pode levar o paciente a sentir-se diferente dos outros indivíduos do grupo.

Segundo o Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o paciente submetido a este tipo de intervenção cirúrgica, a ostomia, enfrenta várias modificações no seu dia-a-dia, as quais ocorrem não só no nível fisiológico, mas também no nível psicológico, emocional e social. Isto está intimamente relacionado ao sofrimento, a dor, a deteriorização, incertezas quanto ao futuro, mitos relacionados a ele, medo da rejeição, entre outros.

O paciente Ostomizado encontra-se em um momento extremamente delicado, podendo torná-lo mais fragilizado, fazendo-o necessitar de acolhimento, paciência e atenção. Todas estas posturas podem interferir positivamente em sua melhora.

Além da dificuldade de se adaptar a esse novo modelo de vida, todos os cuidados específicos que se tornam necessários, muitos pacientes enfrentam o isolamento e o preconceito. Deixam de lado o convívio social por conta do constrangimento da perda involuntária de fezes, gases e urina e têm dificuldades na vida sexual, familiar e profissional.

As diretrizes nacionais para o atendimento ao usuário com ostomias no âmbito do SUS regulada pela Portaria n° 400, de 16 de novembro de 2009, define que a atenção à saúde a este tipo de usuário deve ser realizada de forma integrada pela Atenção Primária a Saúde (APS) e o serviço especializado em ostomias.

Preconiza-se que serviços de atenção devem oferecer orientação para o autocuidado, prevenção de complicações e fornecimento de materiais para o cuidado da ostomia.
Pacientes Ostomizado relatam sentir-se esquecidos ou excluídos da sociedade.